Paz, amor, sexo, espiritualidade, drogas e muita psicodelia são palavras-chave para o assunto da Fashionpédia de hoje.
Desde as calças boca de sino até as franjas indígenas, das manifestações históricas aos grandes festivais, o movimento hippie representou uma grande revolução ética e estética. Ser hippie era buscar uma relação de intimidade com a natureza do corpo ao espiríto, da alimentação alternativa aos efeitos alucinógenos do LSD. Todas as batalhas ideológicas do final dos anos 60 e inicio dos 70 tem influencia da ética ideologica do movimento hippie.
Assim como qualquer estilo, a estética hippie tem uma relação muito próxima com a música. A primeira grande manifestação hippie foi o Flower Power que tem como iconografia máxima a foto onde um jovem coloca uma flor na arma de um soldado em total protesto contra a guerra. Os grandes festivais de música iniciaram-se durante o final dos anos 60 e o inicio dos 70, onde milhares de hippies reuniam-se em grandes terrenos descampados para ouvir rock n’roll (o chamado Psychedelic rock) e músicas de protesto, praticando o sexo livre e abusando de drogas psicodélicas. Os maiores foram o Summer Love de 1966 e Woodstock de 1969.
Devido, talvez, ao efeito das drogas psicodélicas passaram-se a desenvolver-se estampas psicodélicas para cartazes e roupas, essas aparecendo em álbuns de bandas e cantores importantes da época como Grateful Dead, Jefferson Airplane e Janis Joplin.
Devido, talvez, ao efeito das drogas psicodélicas passaram-se a desenvolver-se estampas psicodélicas para cartazes e roupas, essas aparecendo em álbuns de bandas e cantores importantes da época como Grateful Dead, Jefferson Airplane e Janis Joplin.
Psicodelia, espiritualismo e contestação, essas três palavras definem o que foi e o que é o movimento hippie em questão de ideologia, estética e música.
A estética hippie terminou de tomar conta do mundo quando os mundialmente famosos Beatles abandonaram os ternos e a estética mod, e decidiram abraçar a psicodelia no álbum Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band. Aí tudo estorou pelo mundo, tendo o Brasil, também, um movimento de grande influência hippie: a Tropicália, representada principalmente pelo grupo Novos Baianos.
Capa do famoso álbum dos Beatles Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band |
Os anos 70 e os hippie trouxeram importantes influências para a moda de hoje. Os anos 70 marcaram a industrialização do bom gosto dos anos 60, com o advento do prêt-à-porter a moda tornou-se mais acessível à diversos públicos. Além disso, os hippies popularizaram o jeans. A praticidade da moda unissex e o seu significado de libertação para as mulheres também está diretamente ligado aos hippies.
Modelos de Ossie Clark |
Hoje em dia o hippie invadiu muitos desfiles, além de muitas coleções de lojas de departamentos como a H & M e a Zara, que viram forte apelo comercial e romântico da estética. Estilistas como Jean-Paul Gaultier sempre mostram influências étnicas em suas coleções que remetem aos hippies. Um estilo que lembra muito a estética hippie é Boho-chic (ou Bohemian chi), tratado como se fosse uma versão mais moderna e refinada do hippie setentista. Na música, quem traz principalmente influências estéticas hippies são bandas alternativas como Empire of the Sun e MGMT.
MGMT |
Empire of the Sun |
Zuzu Angel |
Designs de Isabela Capeto |
Enfim, ficamos por aqui, mas sempre lembrem-se dos hippies e de sua ideologia e nunca deixem o cinismo, a deseperança e a conformidade vencerem a paz e o amor.
Na próxima Fashionpédia falaremos da influência da cultura negra na moda, ou seja, muito hip-hop, funk e rap.
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